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quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Lucro imobiliário: quando o imposto deve ser pago



Tributação de 15% incide sobre a diferença entre o valor de compra e o de venda do imóvel.

A valorização dos preços no mercado e a demanda por habitação podem garantir um bom negócio para quem decide vender um imóvel. Mas junto com o lucro imobiliário vem um imposto a ser pago.
A tributação de 15% incide sobre a diferença entre o valor que até então constava na escritura e o total negociado com o comprador na venda, ou seja, aquilo que realmente se caracterizou como lucro na negociação. O valor deve ser pago 30 dias após a assinatura do contrato de compra e venda. 

Mas há casos em que o contribuinte está isento do tributo. O presidente do Sindicato das Empresas de Assessoramento e Serviços Contábeis de Londrina (Sescap-Ldr), Marcelo Esquiante destaca que se o imóvel vendido for residencial e a pessoa que o comercializou comprar outro de igual ou maior valor, em até seis meses, não precisa pagar o imposto. "Mas tem que ser de residencial para residencial, se o imóvel vendido ou o outro comprado for comercial, precisa pagar o imposto", ressalta. 

O procedimento, nesse caso, é não pagar o imposto no prazo de 30 dias. Mas é importante ter a certeza de que outro imóvel será comprado, pois passando o prazo de seis meses, o pagamento do imposto é inevitável e ainda virá acompanhado de juros e multa.
Esquiante explica que nos casos em que o imóvel comprado, posteriormente à venda, tiver um valor menor, o imposto também é cobrado mas com desconto. "A alíquota de 15% vai ser a mesma, mas o sistema da Receita Federal dá um desconto". 

Também está livre do imposto quem tiver um lucro imobiliário que não ultrapasse R$ 35 mil. "É importante lembrar que o imposto é sobre o lucro, ou seja, se vender, por exemplo, dois imóveis e o valor ultrapassar R$ 35 mil, vai ter que pagar o imposto", destaca o presidente do Sescap Londrina. 

Independentemente de ser isento ou não do imposto, as informações sobre a venda de um imóvel precisam constar na declaração do imposto de renda. Isso também vale para os contribuintes que não estão inclusos na faixa salarial que obriga a prestação de contas com o leão. 

Mas como orienta Esquiante, o ideal é calcular tudo antes, já durante o processo de venda. Para saber exatamente qual será o lucro e, se for o caso, quanto pagar de imposto, é possível acessar o site da Receita Federal e baixar o programa "Ganho de Capital". 

Com a notícia do imposto a ser pago não é raro que contribuintes que estão vendendo um imóvel busquem uma forma de driblar o tributo, com informações diferentes na escritura, acordos informais com o comprador ou até mesmo dados que não correspondem com a verdade na declaração do imposto de renda. Pode até parecer tentador, mas os especialistas avisam que, hoje em dia, o sistema tributário está muito mais preparado para o "jeitinho brasileiro". 

"Hoje em dia é tudo informatizado e o jeitinho brasileiro pode dar prejuízo no futuro. As imobiliárias são obrigadas a dar informações corretas, sob pena de responder pelos seus atos. Além disso, mesmo que a pessoa faça algum acordo informal com o comprador, para registrar um valor diferente, na hora que bater o registro no cartório vai confrontar com o cálculo do ITBI, estipulado pela Prefeitura", destaca Rosalmir Moreira, que é um dos diretores da regional Norte do Sindicato da Habitação e Condomínios do Paraná (Secovi-PR). 

A Receita Federal também tem mecanismos cada vez mais eficientes para descobrir as tentativas de escapar dos impostos. E, de acordo com Marcelo Esquiante, o órgão deve intensificar, nos próximos anos, as fiscalizações a respeito de doações, algo muito frequente entre familiares quando se trata de venda e compra de imóveis. "Tanto quem doa quanto quem recebe precisa declarar as doações, inclusive de imóveis, e a receita deve ficar mais em cima disso daqui pra frente". 

Vale a pena
Mesmo com muita burocracia e imposto a pagar, vender um imóvel é compensador na opinião do diretor comercial da Imobiliária Santamérica, Alexandre Moretto. "Não tem nada que bate o investimento do imóvel. Nos últimos quatro anos os imóveis valorizaram mais de 150%. Quem colocou R$ 100 mil no banco há quatro anos não teve o lucro de alguém que vendeu um imóvel nesse mesmo período".


stoque de apartamentos novos em Curitiba atinge o menor patamar do ano

O número de apartamentos residenciais novos disponíveis para a venda em Curitiba atingiu o menor patamar do ano, em agosto. De acordo com a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), pela segunda vez em 2013, o estoque de apartamentos novos ficou abaixo das 11 mil unidades. Em agosto, assim como em fevereiro desse ano, a capital registrou o volume de 10.934 unidades em estoque, disponibilidade de 30,7% em relação à oferta.
Entretanto, a se considerar o comparativo entre os dois meses, a quantidade de apartamentos residenciais novos em oferta cresceu 5,7%. Em fevereiro de 2013, havia 33.599 imóveis em oferta na cidade, enquanto em agosto esse volume foi de 35.539 imóveis, alta de 5,7%. “Isso mostra que as vendas continuam acontecendo, ainda que o comprador esteja pesquisando mais antes de fechar o negócio”, explica o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.
A se comparar agosto com o mês anterior, verifica-se uma redução de 2,8% na quantidade de apartamentos residenciais novos em estoque em Curitiba (11.259 unidades), ante a um incremento de 0,7% da oferta (35.286 unidades). A maior baixa de estoque, em termos percentuais, se deu para os apartamentos residenciais de três dormitórios, que totalizaram uma redução de 18% entre as unidades disponíveis, passando de 1.094 para 897 imóveis. 
Quanto ao padrão, a redução mais significativa entre os meses foi para os apartamentos supereconômicos, com preço de até R$ 170 mil. Nessa faixa, a diminuição dos imóveis novos disponíveis para a venda foi de 14,6%, passando de 294 para 251 unidades. Em agosto, as habitações supereconômicas em Curitiba tiveram o segundo menor volume de oferta, com 1.862 unidades, atrás apenas dos imóveis de luxo, que contabilizaram 1.508 unidades em oferta na capital.

Conheça alguns imóveis em Curitiba

Apartamentos novos tiveram alta de 0,8% no último mês em Curitiba

Os apartamentos residenciais novos na capital paranaense registraram alta de 0,88% em agosto desse ano, na comparação com julho de 2013. De acordo com levantamento realizado pela Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), em parceria com a Brain Bureau de Inteligência Corporativa, o preço do médio quadrado privativo chegou a R$ 5.883,00 em Curitiba.

A maior variação no período, de 1,5%, se deu para os imóveis novos com um dormitório, chegando a R$ 5.772,00 o preço médio do metro quadrado privativo. Em seguida, aparecem os apartamento residenciais de três dormitórios, que tiveram alta de 1,2%, com preço médio do metro quadrado privativo de R$ 5.383,00. O preço médio do metro quadrado privativo dos apartamentos de dois dormitórios teve alta de 0,8% (R$ 5.112,00), os de quatro dormitórios de 0,2% (R$ 7.265,00). “Os dados mostram a retomada dos lançamentos de um e de três dormitórios na capital paranaense neste segundo semestre, sendo que os apartamentos de três dormitórios recém-lançados estão concentrados, em sua maioria, no segmento de alto padrão”, analisa o presidente da Ademi/PR, Gustavo Selig.

Em 12 meses, considerando como base o mês de agosto, o preço médio do metro quadrado privativo para os apartamentos residenciais novos aumentou 11,6%. No período, a maior alta se deu para os apartamentos de quatro dormitórios (13,7%) e de um dormitório (11,7%). No acumulado desse ano, os imóveis novos na capital paranaense tiveram reajuste de 6,7%. A maior variação no período se deu para os imóveis de um e de três dormitórios, com alta de 7,8% e 7,1%, respectivamente.

O levantamento conta com uma amostra de 325 empreendimentos e de 10.934 apartamentos residenciais novos (na planta, em construção ou concluídos), vendidos por construtoras, incorporadoras e imobiliárias em Curitiba. A Ademi/PR estima que, para esse ano, o índice de valorização varie entre 7% e 10% na capital, acima da inflação.

Bairros – Ainda segundo pesquisa da Ademi/PR, em agosto, o Batel desbancou o Campina do Siqueira e voltou a ter o maior preço médio do metro quadrado privativo entre os apartamentos de um dormitório na capital, que chegou a R$ 8.152,01. O bairro também liderou o preço médio do metro quadrado privativo para os imóveis novos com dois dormitórios (R$ 9.158,81). O Bigorrilho permanece com o maior valor entre os imóveis novos com três dormitórios (R$ 7.018,27) e o Cabral entre as unidades residenciais com quatro dormitórios (R$ 8.675,46).

GRÁFICOS:
• Preço médio do metro quadrado privativo para apartamentos residenciais novos em Curitiba (R$/m²) – Agosto/2013
• Preço médio do metro quadrado privativo para apartamentos residenciais novos, por bairro e tipologia (R$/m²) – Agosto/2013:

Cyrela firma parceria com Apolar para vender imóveis prontos

Ainda no mês de outubro, a Cyrela Brazil Realty, incorporadora líder do mercado nacional, e a Apolar, uma das imobiliárias mais tradicionais de Curitiba e a de maior abrangência da Região Metropolitana, colocam em prática a parceria que vai fortalecer ainda mais as marcas na cidade. O trabalho em conjunto vai iniciar pelo empreendimento Ideale Residencial, o primeiro produto Cyrela que será comercializado exclusivamente pela Apolar.

“A Apolar é uma das principais imobiliárias da cidade e com maior poder de penetração no mercado, possui mais de 40 lojas e agências só na Grande Curitiba. Estamos ‘namorando’ essa parceria há muito tempo, essa conversa começou há mais de cinco anos”, informa o gerente Comercial da Cyrela no Paraná, Ricardo Batista, contando que a proposta é que a parceria se estenda a outros produtos Cyrela.

“A nossa expectativa é que a Apolar exerça o melhor do seu DNA, que é a especialidade em vendas de imóveis prontos. Mas não descartarmos a possibilidade da imobiliária também comercializar nossos lançamentos”, aposta Batista.

O Ideale Residencial, localizado no bairro de Santa Quitéria, possui três torres com seis unidades por andar – no total são 197 unidades. Os apartamentos possuem 61 e 73 metros quadrados de área privativa e dois ou três dormitórios com suíte. O empreendimento dispõe de 25 espaços de uso comum e lazer como piscina adulto e infantil, espaço zen, lavanderia, praça, lounge ao ar livre, kidsplace e fitness.

Para o diretor da Apolar, Daniel Galiano, a intenção é que dentro de 40 a 60 dias, a Apolar faça do Ideale Residencial um sucesso de vendas. “Vamos mostrar porque fazemos a diferença como imobiliária. Os tempos mudaram, não é mais o cliente que vem até nós, somos nós que vamos em busca do investidor, por isso é necessário estratégias e um trabalho de preparo com foco na venda de cada produto”, explica.

“O trabalho com o Ideale será só a nossa primeira experiência junto a Cyrela, que é uma das incorporadoras mais respeitadas do mercado. Essa parceria é uma ótima oportunidade para também crescermos juntos com a Cyrela”, acredita Daniel Galiano.

No próximo dia 22, a Apolar vai realizar um encontro para reunir os gerentes e franqueados da imobiliária, no restaurante Madalosso, em Santa Felicidade. A Cyrela Paraná vai participar do evento para apresentar o Ideale Residencial e firmar oficialmente a parceria com a Apolar.

Serviço:

Sobre a Cyrela:
A Cyrela Brazil Realty é uma das melhores incorporadoras do mercado imobiliário brasileiro. Em seus 50 anos de história, mais de 200 mil famílias optaram por morar ou investir em empreendimentos valorizados pelo alto padrão de engenharia, solidez e segurança da companhia. Por seus valores, realizações e trajetória inovadora, a Cyrela construiu um nome respeitado e tornou-se sinônimo de qualidade com mais de 68.780 mil lares entregues, 189 canteiros de obras em andamento em 67 cidades de 16 estados brasileiros e no Distrito Federal.

Atualmente, emprega mais de 9.000 colaboradores e investe constantemente em pessoas por meio da sua Universidade Corporativa e programas de responsabilidade social. Uma empresa que valoriza os bairros onde atua por meio de melhorias urbanas, cuida do meio-ambiente ao praticar ações sustentáveis em seus empreendimentos e que, acima de tudo, melhora a vida das pessoas.

Esta é a Cyrela, uma companhia de credibilidade, solidez e realização de valor.

Conheça outros imóveis da Cyrela em Curitiba:


Pequenas e médias empresas concentram lançamentos na construção civil

Ao contrário de muitas companhias nacionais do mercado imobiliário que puxaram o freio de mão em sua política de lançamentos, concentrando-se nas vendas de unidades em estoques para determinados empreendimentos, as pequenas e médias construtoras e incorporadoras passam por um momento um tanto diverso. Esse é o caso da Swell Construções e Incorporações, incorporadora paranaense especializada na venda de edifícios residenciais de alto padrão em regiões nobres de Curitiba, com 30 anos de atuação no segmento.

O guidance de vendas da empresa local (projeção de lançamentos anual que mede a receita líquida, antes de depreciações e impostos) duplicou em relação a 2012. Além disso, o número de unidades em empreendimentos residenciais da empresa triplicou, chegando a 129 unidades, contabilizando um Volume Geral de Vendas (VGV) duas vezes maior do que ano anterior, da ordem de R$ 100 milhões. Para 2014, a expectativa é lançar de dois a três empreendimentos na capital paranaense.

O resultado é bastante significativo, considerando-se uma empresa de médio porte. “Estamos na contramão do mercado. Por sermos uma empresa de capital fechado e gestão profissional composta por integrantes da família conseguimos atender melhor a demanda por moradias, dividindo-as em projetos exclusivos em alguns bairros de Curitiba, como Cabral, Champagnat, Água Verde e Vila Izabel”, diz o diretor de empreendimentos da Swell Construções e Incorporações, Leonardo Pissetti.

Para o empresário, o controle familiar é um dos fatores que favorece este desempenho. “Acompanhamos cada detalhe do planejamento, execução, comercialização e pós-venda de um empreendimento. Além disso, não temos problemas de custo operacional e representatividade técnica fora do Estado-sede como é o caso dos grandes players nacionais”, compara Pissetti.

A empresa local conta com a certificação ISO 9001, com acompanhamento rígido de todos os processos internos, e uma política de custos bastante definida. “Trabalhamos com o custo orçado dentro de um custo alvo, sempre respeitando o alto padrão de acabamento, que é uma de nossas premissas. Os terrenos devem estar em ótima localização, ter uma boa testada, insolação e facilidade de acesso a serviços para serem adquiridos”, destaca Pissetti.

A empresa entrega os empreendimentos com diversos itens de acabamento “de fábrica”, como gesso em drywall em todo o apartamento, aquecedor de passagem digital, porcelanato no living e na circulação, infraestrutura de gás, dreno e rede elétrica para ar condicionado no living e nos quartos, guarda corpo com vidro na sacada, esquadrias com venezianas nos quartos e a louça dos banheiros. Acessórios que totalizam investimentos da ordem de R$ 40 mil por unidade.

As garantias oferecidas ao cliente também são elencadas como elementos-chave para o bom desempenho da empresa. Os empreendimentos da incorporadora têm a chancela de bancos com atuação de destaque na área do crédito imobiliário, como Caixa Econômica Federal e Itaú, que disponibilizam seguro de entrega ou de risco de engenharia, conforme a especificidade do projeto.

Além disso, a empresa realiza uma apurada análise de pré-cadastro de seus clientes, reduzindo as chances de distratos. “Não queremos simplesmente obter desempenho, mas assegurar que o cliente conseguirá assinar o financiamento com uma instituição financeira. Como a maioria de nossos empreendimentos é financiada pela Caixa Econômica Federal, conseguimos repassar as menores taxas de juros do mercado imobiliário. Outro diferencial é que o empréstimo pode ser assinado durante a execução da obra”, observa Pissetti.

Mercado em Curitiba está comprador

Mercado está comprador

Pesquisa da Ademi-PR indica redução no estoque de imóveis novos: mesmo com velocidade de vendas lenta, demanda absorve oferta na capital

Dados recentes sobre lançamento e venda de apartamentos novos em Curitiba mostram que o mercado segue em ritmo estável e sem grandes oscilações. A boa notícia, de acordo com a Associação dos Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR) – que coordena a pesquisa mensal do setor – é que o volume de unidades não comercializadas na capital é o menor desde janeiro de 2013. Em agosto, o índice de estoque ficou em 30,7%.
Segundo a pesquisa, agosto registrou um total de 10.934 unidades à venda na cidade, contabilizando apartamentos residenciais lançados, em obras e prontos. Pela segunda vez no ano o número ficou abaixo de 11 mil. Em fevereiro, havia também 10.934 imóveis em estoque, mas o percentual em relação ao volume total de lançamentos registrados desde 2007 era mais alto, chegando a 32,5%.

A explicação para a mudança é o aumento, apurado pelo levantamento, de quase 6% nos lançamentos imobiliários. Em fevereiro desse ano, a soma de lançamentos na capital era de 33.599 unidades, contadas a partir de janeiro de 2007. Em agosto, chegou a 35.539 unidades, considerando o mesmo período.

“O mercado está comprador. A velocidade de vendas está mais lenta do que no ano passado, mas a evolução entre o volume de lançamentos e a comercialização do estoque mostra que a demanda está absorvendo a oferta”, diz Gustavo Selig, presidente da Ademi-PR.
De acordo com Selig, o estoque de 30,7% fica dentro do percentual considerado “saudável”. “Está em equilíbrio. O mercado entra em alerta se o índice passar de 37%”, explica.

Valorização
Ainda de acordo com a pesquisa, os imóveis continuam a valorizar em Curitiba. O preço médio do metro quadrado privativo em agosto, em comparação ao mês anterior, teve alta de 0,9%. O maior valor é para os apartamentos residenciais de dois dormitórios no Batel, segmento que atingiu o preço de R$ 9,1 mil.

O valor médio do metro quadrado privativo de imóveis novos na cidade está em R$ 5,8 mil.

O levantamento indicou, também, uma retomada nos lançamentos de edifícios residenciais com unidades de um e de três dormitórios em Curitiba no segundo semestre desse ano. Segundo a Ademi-PR, esse dado mostra que após um grande volume de lançamentos para o programa Minha Casa Minha Vida, as construtoras e incorporadoras estão apostando no segmento de luxo e alto padrão.

Conheça algumas opções em Curitiba

O futuro é compacto

Apartamentos com menos de 40 m² são tendência mundial e renovam o centro das cidades. Em Curitiba não é diferente.

Não há como escapar. O preço dos terrenos em áreas centrais, cada vez mais escassos e caros, o valor do metro quadrado de imóveis novos e a nova configuração das famílias levam o mercado a construir apartamentos que equivalem ao tamanho de um único cômodo da casa de uma família.
As unidades compactas chegaram para ficar: até o final desse ano, cerca de 1.200 apartamentos, do tipo studio ou de um quarto, serão entregues pelas construtoras em Curitiba. Em 2014, quase 1.800 ficarão prontos.

Apartamentos com menos de 40 m² atendem o público single, de terceira idade e casais sem filhos. É com essa ocupação que o centro das grandes cidades vai se renovar, dizem os urbanistas.

Centros urbanos
A tendência aparece em capitais do Brasil e em outros centros urbanos pelo mundo, como Tóquio, Honk Kong, São Francisco e Nova York.
Os prédios novos não vão atrair apenas moradores. A ocupação estimula o comércio, serviços, gastronomia e entretenimento nas regiões centrais, observa o arquiteto e urbanista Orlando Ribeiro.

Mobilidade
A verticalização urbana melhora também a mobilidade, reduzindo o uso de carro e transporte público para quem mora perto do trabalho e de tudo que é necessário para o dia a dia.
“O adensamento deve ocorrer em locais com boa infra-estrutura, por isso a verticalização, com empreendimentos de unidades compactas, tende a ocorrer no centro”, observa Ribeiro, que é presidente da regional paranaense da Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura.
Para ele, o adensamento dos bairros centrais pode ser positivo. “É um movimento que traz novos moradores e revitaliza a região, gerando ocupação, inclusive à noite, o que aumenta a segurança”, afirma.
Há também um resgate do comércio “de bairro”, complementa o urbanista, e consequentemente melhor qualidade de vida para os habitantes.

Mudança de hábito
A rotina de quem vive em apartamento de baixa metragem tem que ser, também, compacta e racional, por isso quem vai morar em uma delas deve se preparar para uma mudança de hábitos.
Não dá para levar móveis prontos nem coleções de estimação. O mobiliário tem que ser feito sob medida para otimizar cada metro quadrado dos ambientes.
Visitar o decorado de um empreendimento dá uma prévia de como viver dessa forma. Está tudo ali: sofá, TV, cama, guarda-roupa, cozinha, mesa de refeições, cortinas e luminárias mas não há espaço para o supérfluo.


Fora de casa
A ideia é viver mais fora de casa, usufruindo serviços, parques e espaços públicos da cidade. Os empreendimentos são pensados para um público que passa pouco tempo dentro do apartamento.
“Para viver em espaço pequeno, a opção é interagir com a cidade. Nesses projetos, a área privativa é o mínimo necessário, mas em contrapartida, o morador vai usar o espaço urbano que está à disposição”, comenta o arquiteto Rodrigo Freire, do escritório Proa.
Freire diz que os imóveis menores estão em sintonia com os novos tempos.
“É uma nova forma de morar, e também mais sustentável. Você não poderá ter um guarda-roupa abarrotado. Livros e álbuns de fotografia podem ser digitais. O tamanho dos apartamentos segue essa movimentação contemporânea e econômica”, explica o arquiteto.


Simplificar
“Muita gente não quer ter casas enormes, com quintal, jardim e muitos cômodos para cuidar. A tendência é simplificar”, completa o diretor de negócios da Tecnisa, João Auada.
Se nos apartamentos compactos a metragem não permite grandes espaços de estar ou de estoque, os prédios costumam ter áreas comuns generosas e também serviços, como lavanderia.
“Se você quer reunir a família ou cozinhar para os amigos, usa o salão de festas ou o espaço gourmet do prédio e o problema do espaço é resolvido de forma simples”, comenta Auada.
Para o morador do compacto, o ambiente privativo é, também, mais íntimo: o apartamento é usado para refeições simples e atividades pessoais. “A área comum do edifício se torna uma extensão do apartamento. São espaços pensados para proporcionar bem-estar, por isso em nossos empreendimentos são sempre temáticos e bem completos”, explica Eduardo Quiza, diretor de incorporação da Invespark.

Em números
Quanto custam e onde estão os super compactos?
Além do centro da cidade, há oferta de apartamentos de um quarto em Curitiba também no Batel, Juvevê, Centro Cívico, Alto da XV, São Francisco, Rebouças, Cristo Rei e Mercês, de acordo com a Associação dos Dirigentes das Empresas do Mercado Imobiliário no Paraná (Ademi-PR).
O preço médio do metro quadrado dos compactos vem aumentando.
Pesquisas da Ademi-PR apontam que em 2010, o metro quadrado custava, em média, R$ 3,9 mil. Em 2012, a média pulou para R$ 5,3 mil.
A demanda também cresce. Ainda de acordo com a Ademi-PR, em 2012 foram entregues 822 unidades residenciais de um quarto na capital. Em 2013, a estimativa é que fiquem prontas 1.181 apartamentos desse tipo. Já para 2014 a perspectiva é de entrega de 1.793 unidades.
“Há procura, principalmente pelo compacto de qualidade, e ainda há espaço para esse tipo de produto em Curitiba”, comenta João Auada, diretor de negócios da Tecnisa.


Metragem mínima

Regulamento estabelece tamanhos
As cidades têm regulamentação para metragens mínimas em edificações. Em Curitiba, o menor espaço autorizado para os cômodos em casas ou apartamentos de uso residencial é de 1,5 m² para o banheiro ; 4 m² para a cozinha e 8 m² para a sala.
A metragem mínima do primeiro quarto é de 9 m² e os demais dormitórios, se houver, precisam ter pelo menos 6 m² cada.

Entre os empreendimentos já construídos e ocupados por moradores, o Hyde Park, da Invespark, tem os apartamentos mais compactos. As unidades partem de 25,93 m² de área privativa. Outros prédios da mesma construtora têm imóveis a partir de 30,5 m².

O Seven, lançamento da Thá em construção, tem compactos com 25,77 m² de área privativa. Também da Thá, o Green Center e o Arts terão unidades com 34 e 28 m².

A Tecnisa também atua no segmento. Os edifícios Hub, The Five e Centro Cívico têm unidades com metragem média de 30 m².

“A arquitetura de interiores monta uma residência compacta com qualidade e conforto. É preciso traçar o perfil do morador. Tudo tem de ser bem pensado.”
Elaine Zanon, vice-presidente de planejamento da Associação Brasileira dos Escritórios de Arquitetura no Paraná.

28 m2
É o tamanho, em área privativa, de uma unidade residencial super compacta do empreendimento Arts, lançamento da Thá que será construído no centro histórico de Curitiba. A planta do prédio prevê áreas sociais comuns em todos os andares.

Fonte : Ademi/Pr  , Gazeta do Povo


Conheça algumas opções: