De acordo com dados da Associação dos Dirigentes de Empresas
do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi-PR), os apartamentos de um quarto
lideraram a listagem de unidades lançadas em Curitiba, em 2011. Foram 2397
imóveis, que significam 21% de tudo que foi lançado no ano passado. De janeiro
a maio desse ano, já foram 878 unidades desse tipo, de acordo com a mesma
instituição.
O apartamento de
um quarto se tornou o “filé mignon” para os investidores porque há procura por
esse tipo de empreendimento. “Para o proprietário, é mais fácil locar o
apartamento de um quarto, ele é o mais buscado e também o mais barato na hora
de comprar”, explica o diretor da JBA Imóveis, Ilso José Gonçalves.
Quem quer comprar encontra esses imóveis por, em média, R$ 3.200 o
metro quadrado. O índice de locação mostra que o preço do metro quadrado está
em R$ 16,50, de acordo com dados de maio do Sindicato da Habitação no Paraná
(Secovi-PR).
Mas o que mais
atrai nos apartamentos de um quarto é facilidade para negociação. “É possível negociá-lo
sempre, quer esteja vazio ou locado”, diz. Ele explica que a facilidade para
locação existe porque há muita procura por estudantes, pessoas que vêm de fora
para trabalhar na cidade e a população que está morando sozinha cresce. “Esse é
o tipo de imóvel que não fica fechado, porque a procura ainda é grande, mesmo
com as recentes entregas de imóveis”, afirma.
A gerente de
locação e administração da Habitec Imóveis, Sariva Lima, explica que esse tipo
de imóvel tem maior saída entre os meses de janeiro e abril. “É a época que tem
maior entrada e saída e o preço é mais alto. Depois, o valor se mantém”,
comenta. Com maior rotatividade, o imóvel consegue manter o preço mais alto, o
que anima os investidores.
Características
A forma de
ocupação do espaço é essencial para que o morador ou locatário desse tipo de
imóvel se sinta bem. “Esse apartamento tem de ser feito sob medida. Ele costuma
ter, pelo menos, 30 metros quadrados, que é um espaço mínimo para proporcionar
conforto”, explica o arquiteto José Vicente Lopes, do escritório Doria Lopes
Fiuza. De acordo com ele, esse tipo de espaço costuma apresentar ambientes em
conjunto, para uso comum. “Quem mora nesses locais costuma ter um estilo de
vida dinâmico, faz refeições da rua e usa serviços de lavanderia fora de casa.
Então não é preciso tanto espaço para cozinha e lavanderia, que costumam
receber infraestrutura bem básica”, comenta.
Mobília
Quanto mais completo,
melhor
Para garantir
locação rápida, a gerente de locação e administração da Habitec, Sariva Lima,
sugere que o proprietário não deve temer gastos para equipar o imóvel. “O que
pedimos para os proprietários é sempre equipar a cozinha e o quarto. A pessoa
que vem de fora quer comodidade e está disposta a pagar mais por móveis e
eletrodomésticos”, comenta. De acordo com ela, isso dá agilidade à locação. “O
proprietário precisa investir, pelo menos, nos móveis e em um piso laminado”,
reforça.
Para tornar o
imóvel mais agradável e, como consequência, mais atraente para o consumidor, o
arquiteto José Vicente Lopes, do escritório Doria Lopes Fiuza explica que é
preciso evitar divisórias. “É melhor evitar paredes, porque assim cria-se a
sensação de espaço amplo e o morador vai se sentir bem”, diz.
É preciso pensar o
ambiente como um quebra cabeça, encaixando os móveis no lugar certo para
atender as necessidades do morador. “Armários embutidos e espaços amplos são
mais comuns e tornam o imóvel mais agradável”, orienta.
Não há nenhum
norma que indique o tamanho mínimo de um imóvel, mas, de acordo com o arquiteto,
o bom senso indica que deve haver, no mínimo, 25 metros quadrados de área
privativa. “Para que a pessoas possa estabelecer suas necessidades básicas,
comer, dormir, com maior conforto. A miniaturização é comum, mas a forma como
os elementos vão estar dispostos vai fazer diferença”, afirma.
Mais informações
Italiano - Consultor de Imóveis em Curitiba
(41) 8409 0969
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